Os números foram avançados hoje à Lusa pelo presidente do Conselho de Administração da TAAG, Joaquim Teixeira da Cunha, à margem da cerimónia de chegada a Luanda do novo Boeing 777-300 ER, o terceiro do género da companhia angolana e a primeira aquisição desde 2011.
"O nosso principal destino tem sido Portugal - Lisboa e Porto -, que representa à volta de 40% ou mais", disse à Lusa Teixeira da Cunha, admitindo no entanto que o peso dos restantes destinos venha a equilibrar-se em breve.
Só no primeiro trimestre do ano, a TAAG transportou para os aeroportos portugueses quase 60.000 passageiros, um acréscimo superior a 4% face ao mesmo período de 2013.
A TAAG opera actualmente 12 destinos domésticos e 17 internacionais e no último ano viu o tráfego de passageiros crescer 17 por cento, o que segundo o ministro dos Transportes angolano, Augusto da Silva Tomás, é "mais do que o dobro do crescimento médio registado em África e mais do que o triplo do crescimento a nível mundial".
"Prevendo-se que transporte um total de 1,5 milhões de passageiros em 2014, um acréscimo de 43% face a 2010", apontou o governante durante a cerimónia de hoje, no Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, em Luanda, presidida pelo vice-Presidente da República, Manuel Vicente.
A TAAG afirma ser hoje uma das dez maiores companhias africanas em termos de passageiros transportados, contando agora com três Boeing 777-300 ER e outros três 777-200, todos de longo curso.
O novo avião chegou a Luanda cerca das 11:30 desta terça-feira, culminando o primeiro voo, de quase 16 horas e quarenta minutos, desde os Estados Unidos, onde foi construído.
Trata-se do primeiro de três 777-300 ER encomendados pela TAAG à norte-americana Boeing - com as restantes entregas previstas para final de 2015 e início de 2016 - e que segundo a empresa estatal vai permitir, numa fase posterior, avançar com linhas regulares próprias para Paris ou Londres.
"Está em estudo. Mas nós vamos utilizar esta aeronave para consolidar os destinos atuais. Temos tido algumas irregularidades no cumprimento de horário, agora vamos ter um nível de pontualidade maior, enquanto se procuraram alternativas de outros destinos", disse ainda Teixeira da Cunha.
O novo 777-300 ER (Extended Range) foi baptizado com o nome de "Ebo", como forma de homenagear o município da província do kwanza Sul e assinalar os combates ali travados durante a guerra pela independência.
A aeronave custou 184 milhões de dólares, investimento integralmente suportado por fundos privados, através de um sindicato de bancos nacionais liderado pelo BNI, Ex-Im Bank e HSBC.
O novo avião da frota da TAAG tem capacidade para transportar 225 passageiros em classe económica, 56 em executiva e 12 em primeira classe, possibilitando o acesso a telemóvel e internet a bordo.
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