domingo, 23 de outubro de 2011

Presidente visitou obras do novo aeroporto

José Eduardo dos Santos ouviu dos responsáveis da obra todos os pormenores sobre a actual fase de construção do emprendimento

Fotografia: Rogério Tuti

O Presidente da República visitou ontem as obras do futuro Aeroporto Internacional de Luanda, no Bom Jesus, a 40 quilómetros do centro da cidade. José Eduardo dos Santos ouviu explicações dos responsáveis da China Internacional Fund Limited (CIF), empresa encarregda da execução do projecto, e de seguida foi ver de perto o andamento das obras na pista a Sul, visitou a fábrica de artefactos de cimento e o viveiro de plantas.
O Presidente fez todo o percurso da visita a pé e ouviu explicações dos responsáveis das obras e dos técnicos. Ficou a saber o que está a ser feito, o tempo que leva a concluir as obras e os materiais utilizados na construção do novo aeroporto. Na fábrica de artefactos de cimento, o Presidente foi informado que foram fabricadas já dezenas de manilhas e no viveiro verificou que estão a ser cultivadas mais de 200 mil plantas que vão preencher os espaços verdes do futuro aeroporto.
José Eduardo dos Santos deixou o local da obra cerca de duas horas depois, com a garantia de que tudo está encaminhado para que em Agosto de 2012 seja inaugurada a primeira fase do aeroporto internacional de Luanda. Nessa altura está concluído o edifício principal do terminal, a torre de controlo, a placa e o edifício dos bombeiros.
O novo aeroporto internacional de Luanda deve ser entregue, concluído, em 26 meses, informou o ministro dos Transportes, Augusto Tomás. Em declarações á imprensa, revelou algumas características do empreendimento que promete ser referência na região e no continente.
O projecto contempla a construção de habitações para funcionários do aeroporto. A CIF pretende construir um bairro nos arredores do aeroporto para alojar funcionários da emigração, polícia, pessoal de apoio, de manutenção e bombeiros. "A ideia é evitar transportes de longas distâncias para o trabalho", disse um responsável da empresa.

Referência internacional



Dados apresentados pelo ministro Augusto Tomás apontam para uma obra grandiosa que prevê um fluxo anual de 15 milhões de passageiros, 600 mil toneladas de carga, uma pista a Norte com 3800mx60m e outra a Sul com 4000x70, medidas que permitem aterragens dos Airbus-380, que são os maiores aviões comerciais da história da aviação. Quanto ao andamento dos trabalhos, o ministro dos Transportes considerou que tudo aponta para o cumprimento dos prazos.
"É um empreendimento de grande envergadura que requer muito betão, muito trabalho de engenharia, muito trabalho a nível das redes de saneamento, redes eléctricas, e redes de telecomunicações", disse Augusto Tomás, acrescentando que "como puderam constatar, a pista Sul está numa fase avançada, e a zona dos terminais vai ter 31 mangas, 20 para a área internacional e 11 para a doméstica".
Para o ministro, o novo aeroporto internacional de Luanda, não pode ser visto de forma isolada. Trata-se de um empreendimento com um papel chave na articulação dos transportes no país e igualmente para valorizar a posição geoestratégica de Angola, atendendo que "somos um grande corredor aéreo internacional e um país bem localizado do ponto de vista estratégico".

Habitantes da região

As famílias que habitam na área de construção têm garantia de que vão ser contempladas com habitações no bairro social a ser construído nas imediações do aeroporto internacional de Luanda.
O ministro Augusto Tomás informou que paralelamente à construção do aeroporto, vai ser desenvolvido um projecto habitacional para receber as mais de três mil famílias que vivem na região. Segundo a CIF, trata-se de um problema antigo, que tem atrapalhado a execução do projecto, praticamente desde o início das obras.




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