quarta-feira, 18 de maio de 2011

USD 400 milhões para TAAG voar com Welwitschia e Sagrada Esperança

Welwitschia e Sagrada EsperançaA Companhia vai agora receber dois Boeing 777-300ER, com tecnologia de ponta e para a colocar em posição de recuperar o respeito perdido. Mas os lucros ainda estão longe de alcançar.
Os administradores, diz-se, são homens que se perdem nas horas de trabalho, ficando até muito tarde nos gabinetes. Esta é a primeira grande entrevista da sua equipa desde que assumiram os cargos.

A chegada em breve de novas aeronaves foi o pretexto para esta entrevista, mas a TAAG tem dado motivos para muito mais perguntas. A administração respondeu às apresentadas por O PAÍS.

A TAAG vai receber, em breve, novas aeronaves. O que caracteriza estes novos aparelhos?

Com efeito, a TAAG irá receber muito em breve dois novos Boeing 777-300ER, representando um importante passo para a renovação e modernização da frota de longo curso.

A primeira dessas aeronaves, baptizada de "Sagrada Esperança", terá a matrícula D2-TEG e a sua entrega está prevista para 14 de Junho. A segunda, baptizada de "Welwitschia Mirabilis" e de matrícula D2-TEH, tem entrega prevista para a semana de 11 de Julho.

Estas duas aeronaves são um modelo mais recente da frota actualmente em operação (Boeing 777-200ER), de maior dimensão (mais 10,2 m de comprimento e 3,9 m de envergadura das asas) estando igualmente equipadas com motores GE, mas também eles de um modelo mais actual e de maior potência (GE90-115BL). As aeronaves estão equipadas com a mais moderna tecnologia de navegação, têm uma maior eficiência em voo (de que resultam menores consumos de combustível por passageiro transportado), uma capacidade acrescida para transporte de carga e passageiros, e um superior nível de conforto para os passageiros e tripulação.


Que vantagens têm os novos aparelhos, se comparados com os anteriores?

Os novos Boeing 777-300ER são uma importante adição para a frota da TAAG por várias razões.

Em primeiro lugar, quando comparados com a actual frota Boeing 777-200ER, apresentam uma maior capacidade de transporte total, não só em termos de passageiros (mais 38 lugares), mas também em termos de carga (mais 11.500 Kgs de peso útil disponível). Isto possibilita uma maior eficiência na operação das aeronaves, permitindo uma melhor rentabilização das rotas operadas e uma redução do custo por lugar.

Em segundo lugar, os novos Boeing 777-300ER vêm com melhor configuração de passageiros, nomeadamente na Classe Económica, com cadeiras mais largas e com uma distância entre filas superior em 7,5 cm, e que será o melhor produto oferecido por qualquer Operador voando para Angola.

Os passageiros poderão ainda usufruir de um moderno sistema de entretenimento a bordo.

Finalmente, importa sublinhar que a nova frota Boeing 777-300ER teve como objectivo primordial substituir a frota clássica de B747-300 Combi. Com efeito, apesar da última das aeronaves B747-300 ter sido descontinuada já em Janeiro deste ano, apenas após a chegada das novas aeronaves será possível repor integralmente a normal operação internacional da Companhia.

Assim, se comparados com os B747300, os Boeing 777-300ER representam uma melhoria muito grande a quase todos os níveis.

As aeronaves B747-300 eram aeronaves já muito antigas, com sistemas de navegação e de entretenimento desactualizados. Devido à sua idade, as aeronaves necessitavam de manutenção muito frequente, o que acarretava custos importantes e dificultava grandemente o planeamento operacional da rede internacional. Finalmente, as aeronaves B747-300 eram muito ineficientes do ponto de vista de consumo de combustível, factor que, face ao aumento do preço do Jet Fuel nos últimos anos, pesava cada vez mais na estrutura de custos da Companhia.


Estes aparelhos estão, em termos de cabine, melhor adaptados ao passageiro angolano? Falo do espaço para as pessoas em viagens longas, ângulo de reclinação dos bancos, etc.

As novas aeronaves Boeing 777300ER apresentam condições de conforto acima da média para voos de longa duração, dando resposta a algumas limitações existentes na actual frota Boeing 777200ER.

Com efeito, entendemos que a configuração seleccionada para a Classe Económica dos actuais Boeing 777-200ER, com filas de 10 cadeiras e uma distância entre filas de 77,5cm, é aceitável para voos de curta duração mas inadequada para voos intercontinentais.

Assim, os novos Boeing 777-300ER virão, em Classe Económica, com filas de apenas 9 cadeiras (mais largas) e uma distância entre filas de 85cm – ou seja, mais 7,5cm do que nos actuais aviões. A distância acrescida não só aumenta a comodidade como permitirá maior reclinação das cadeiras, para além dos 5º das cadeiras actuais.

Na Primeira Classe reduziu-se o número de cadeiras (12 em vez de 14) possibilitando a existência de um Lavabo Premium.

A Classe Executiva terá mais 5 (cinco) lugares (56 em vez de 51) e com uma distância entre filas de mais 15cm.

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