domingo, 6 de março de 2011

Angola recusa explicação apresentada pelos EUA

 

O navio

Fotografia: DR

As autoridades angolanas rejeitaram os argumentos dos Estados Unidos da América sobre os quatro contentores de 20 pés contendo munições de armas anti-aéreas não declarados, transportados pelo navio norte-americano "Maersk Constellation", apreendido no Porto do Lobito.
Os Estados Unidos da América apresentaram um documento onde constam detalhes dos quatro contentores apreendidos pelas autoridades nacionais, mas não convenceram as autoridades angolanas porque o manifesto inicial apresentado pelo capitão do navio não fazia referência aos quatro contentores de munições apreendidos.
O encarregado de negócios dos Estados Unidos da América em Angola, David C. Brooks, apresentou sexta-feira à tarde explicações sobre o material bélico não declarado que era transportado pelo navio Maersk Constellation.
David C. Brooks esteve na sede do Ministério das Relações Exteriores com uma delegação para apresentar dados sobre o material bélico não declarado. A delegação norte-americana, segundo a Angop, confirmou a versão do capitão do navio, segundo a qual a carga se destinava às autoridades quenianas e era negociada através de uma empresa intermediária britânica. Pela discrepância entre os dados apresentados pela delegação americana e os do comandante do navio, as autoridades angolanas continuam a exigir mais esclarecimentos. Por isso, está marcada nova reunião no início da semana.
No final do encontro, em que a delegação angolana esteve representada pelos ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e do Interior, Sebastião Martins e altos funcionário das Alfândegas, o encarregado de negócios norte-americano recusou-se a prestar declarações à imprensa.

Alimentos com munições

O navio proveniente dos EUA, com passagem por Dakar (Senegal), descarregou no dia 28 de Fevereiro produtos alimentares consignados à Organização Não-Governamental sul-africana Joint Aid Management, transportando também quatro contentores de 20 pés com o material de guerra que não constava do manifesto. Dos 23 tripulantes do navio, 20 são de nacionalidade americana, incluindo o seu capitão, de nome Stancil Jason, e os três restantes são de nacionalidade polaca. A tripulação, que alegou que o material de guerra se destinava às Forças Armadas do Quénia, encontra-se retida no navio ancorado no Porto do Lobito, enquanto se aguarda pela clarificação dos factos e a adopção de outros procedimentos legais.



Um comentário:

  1. kutukar a onça com vara curta. Quando oPorta-aviões atracar no Lobito quero ver quem vai defender o regime.

    ResponderExcluir