sábado, 29 de março de 2014

Novo aeroporto internacional de Luanda vai ser o eixo da parceria TAAG-Emirates

Mais do que uma base para a companhia aérea angolana, o futuro aeroporto internacional de Luanda, um dos principais projectos da cooperação entre Angola e a China, vai ser o eixo de uma parceria entre a TAAG e a Emirates à escala global.

A assinar em breve em Luanda, de acordo com a folha de informação África Monitor, a parceria estratégica TAAG-Emirates prevê a instalação no novo aeroporto de Luanda de uma plataforma para a África Central, que funcionará em articulação com o nó do Dubai, um dos mais movimentados a nível internacional.

A mesma publicação adianta que a parceria visa “atrair” para ambas as companhias parte considerável do tráfego regional e internacional de passageiros e carga, prevendo uma repartição de tráfego e de rotas com origem ou destino em Luanda.

A TAAG concentrará as suas operações de Luanda para a Europa, enquanto à Emirates fica reservada a Ásia e América do Sul.

Na prática, refere a África Monitor, a TAAG diminuirá ou deixará mesmo de fazer voos próprios para destinos na China e no Brasil, passando estas linhas a ser exploradas pela Emirates.

Amesterdão, Londres, Paris, Bruxelas, Frankfurt e Roma (ou Milão) são os novos destinos para os quais a TAAG tenciona expandir a sua operação na Europa.

À frota própria de 3 Boeing-777-300 a empregar na operação para a Europa, que será reforçada ainda no primeiro semestre com um novo aparelho, poderão juntar-se aviões cedidos ou alugados pela Emirates, nomeadamente os Airbus 380, por exemplo nos voos para Lisboa.

O novo aeroporto internacional de Luanda está a ser erguido na comuna de Bom Jesus, município de Icolo e Bengo.

Ju Li Zhao, representante geral em Angola da empresa construtora do aeroporto, Fundo Internacional da China Ltd, afirmou recentemente à agência noticiosa angolana Angop que o tráfego anual de passageiro no novo aeroporto será de 1,5 milhões de pessoas.

Já está concluída a primeira das duas pistas, a norte, que tem 3800 metros de comprimento, suficiente para descolagem e aterragem de Boeing 747, estando prevista uma segunda, mais larga ainda e com 4000 mil metros de comprimento, adaptada aos Airbus A-380, de acordo com representante geral da CIF em Angola.

Com dois terminais, três controlos de tráfego aéreo e quatro instalações de apoio complementares, o aeroporto deverá entrar em funcionamento dentro de dois anos.

A África Monitor informou ainda que as autoridades angolanas prevêem que a Comissão de Segurança Aérea da União Europeia (CSA) proceda em Maio ao levantamento completo das restrições que ainda impedem a TAAG de operar plenamente para a Europa. (macauhub)

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