sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Lufthansa atenua aumento de capacidade

O maior grupo aéreo europeu, englobando a Lufthansa, a Swiss, a Austrian, a British Midland e a Germanwings, teve em Novembro uma queda da taxa de ocupação dos voos em 2 pontos, apesar de ter abrandado a colocação de mais oferta no mercado, de 10,3% de Janeiro a Outubro para 6,2%, porque a procura ainda abrandou mais, ficando num crescimento de 3,4%.
O balanço de tráfego publicado hoje pelo grupo assinala que em Novembro, primeiro mês da época baixa 2011/2012, o aumento de capacidade foi mais contido e diz que a taxa de ocupação "estabilizou em 73,7%", embora os dados mostram que foi mais um mês de queda, depois de decréscimos de 3,9 pontos em Outubro, 2,5 pontos em Setembro, 2,0 pontos em Agosto, 0,8 pontos em Julho, 2,1 pontos em Junho e 1,3 pontos em Maio.
A diferença está em que enquanto nesses meses a capacidade do Grupo Lufthansa estava a crescer a dois dígitos, situando-se em 10,6% de Janeiro a Setembro, em Outubro já baixou para 8% e em Novembro foi ainda menor, situando-se em 6,2%, mas ainda assim sem conseguir o equilíbrio com a evolução da procura.
Até Setembro, o Grupo Lufthansa teve um crescimento médio do tráfego em 7,9%, com uma taxa de ocupação média de 77,7%, 1,9 pontos abaixo do período homólogo de 2010, em Outubro o crescimento do tráfego foi de 2,8% e no acumulado do ano a queda da taxa de ocupação passou para 2,1 pontos, ficando nos mesmos 77,7%, e em Novembro o crescimento do tráfego ficou em 3,4% e no acumulado do ano a ocupação mantém a queda em 2,1 pontos, para 77,3%.
Os dados publicados hoje pelo Grupo indicam que em Novembro as suas companhias fizeram 90.756 voos (-0,6% que há um ano), nos quais transportou 8,18 milhões de passageiros, em alta de 4,6%.
No acumulado de Janeiro a Novembro, o grupo soma 98,5 milhões de passageiros transportados em 1,047 milhões de voos, em alta de 7,2% em número de passageiros e de 3,4% em número de voos.
Por segmentos de rede, a informação mostra que a queda da taxa de ocupação dos voos é generalizada, situando-se em 0,6 pontos nas ligações dentro da Europa, para 71,6%, 1,6 pontos nos voos transatlânticos, para 83,5%, 4,3 pontos nas ligações com a Ásia e Pacífico, para 81,1%, e 3,6 pontos nas ligações com Médio Oriente e África, para 72,2%.
O panorama foi idêntico no mês de Novembro, se bem que este caso o grupo tenha mantido os 79,9% de ocupação de há um ano nos voos do sector Américas, com oferta e procura a crescerem 4,2%.
Já no sector Europa a ocupação baixou 0,7 pontos, para 67%, com aumento da procura em 6,4% face a um aumento da capacidade em 7,4%, no sector Ásia e Pacífico a ocupação caiu 4,8 pontos, para 78,4%, com a procura a crescer 1,3% face a um aumento de capacidade em 7,5%, e no sector Médio Oriente e África a ocupação baixou 3,8 pontos, para 70,5%, com o tráfego em queda de 2,7% face a um aumento de capacidade em 2,5%.
Por companhias, a informação mostra que a Lufthansa Passenger Airlines teve uma queda da ocupação em Novembro de 2,1 pontos, para 73,8%, a Swiss, que é tradicionalmente uma das líderes da AEA em ocupação dos voos, a baixar 1,4 pontos, para 78%, a Austrian a ter um decréscimo de 3,0 ponto, para 69,8%, a British Midland, que está em processo de venda à British Airways, a perder 4,5 pontos, para 63,6%, e a Germanwings a ter um decréscimo de 0,3 pontos, para 69,6%.
A Lufthansa Passenger Airlines teve um crescimento do tráfego em 4%, com um aumento do número de passageiros embarcados em 6,4%, para 5,197 milhões, na Swiss o tráfego cresceu 2,2% com +3,7% de passageiros, para 1,248 milhões, na Austrian o tráfego cresceu 3,9%, com +4,9% também em número de passageiros, para 843 mil, na British Midland o tráfego caiu 5,3% com -10,3% em número de passageiros, para 397 mil, e na Germanwings o tráfego cresceu 1,3%, com +1,5% em número de passageiros, para 496 mil.
No período de Janeiro a Novembro, o aumento do número de passageiros transportados pelo Grupo Lufthansa baseou-se nos aumentos de 10,8% em voos da Lufthansa Passenger Airlines, para 60,529 milhões, de 8,2% em voos da Swiss, para 15,114 milhões, e de 2,9% em voos da Austrian, para 10,465 milhões.
Já a British Midland e a Germanwings têm quedas, respectivamente em 7,9%, para 5,386 milhões, e em 2,9%, para 7,014 milhões.

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