Tranportadoras aéreas de África têm que rever as suas expectativas agora que novas previsões apontam para uma queda das receitas
Fotografia: Afp
O secretário-geral da Associação das Companhias Aéreas de África (AFRAA), Elijah Chingosho, prevê uma falta de rentabilidade das transportadoras africanas em 2011, afirmando que, apesar do mercado conhecer um certo aumento este ano, o essencial do tráfego será assegurado por companhias não africanas, sobretudo nas rotas internacionais.
Num documento divulgado à margem dos trabalhos da sexta edição do Fórum "Routes Africa 2011", que decorria desde terça-feira em Bamako, o responsável da AFRAA disse que a falta de cooperação entre as companhias africanas é, em parte, responsável pela sua perda de quotas de mercado em benefício dos outros.
"Por isso, a AFRAA, no seu plano de negócios trienal lançado este ano encoraja as companhias africanas a estabelecer uma forte cooperação em matéria comercial e técnica, ao trabalhar mais estreitamente para realizar economias de escala", declarou.
Com base numa previsão que apontava para um crescimento importante que deveria registar o mercado de aviação comercial africano em 2011, várias companhias do continente procederam, em 2010, à abertura de novas rotas, ao aumento do número de frequências em algumas e a importantes investimentos em novos aviões.
Infelizmente, deplora a AFRAA, "alguns destes operadores africanos são agora obrigados a reduzir os seus voos devido às crises políticas e à instabilidade na África do Norte e na Costa do Marfim, ao terramoto e ao tsunami no Japão, bem como ao aumento do preço do petróleo".
O Fórum "Routes Africa 2011" agrupa gestores de aeroportos, representantes de companhias aéreas, agentes de viagem e decisores em redor dos temas "África Face ao Desafio do Crescimento e Oportunidades da Mundialização" e "Os Obstáculos ao Desenvolvimento de Novos Serviços Aéreos no Continente Africano".
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