segunda-feira, 20 de junho de 2011

Boeing 747-8 apresentado ontem em França

França assistiu ontem à estreia internacional da nova versão do 747. Lufthansa já encomendou 20

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O Boeing 747-8 fez ontem a primeira aparição internacional e num destino escolhido a dedo: França, casa-mãe da Airbus, na véspera do Paris Air Show. Três meses depois do primeiro voo, a resposta americana ao gigante A380 cruzou os ares franceses e apresentou-se ao Mundo. Já conta com 33 encomendas na versão comercial e 76 na de carga - oferta onde o A380 ainda não entra. 

A primeira companhia que irá ter o avião é a Lufthansa, que conta lançar voos no 747-8 no início de 2012. Com um preço de tabela a rondar 220 milhões de euros, os alemães têm duas dezenas encomendadas. O 747-8 surge 42 anos depois do primeiro voo de um 747, o maior avião comercial do Mundo até 2005, altura em que o primeiro lugar foi roubado pelo A380 - trono que irá continuar a ocupar. É que apesar de contar com mais 51 lugares que o antecessor, o novo 747 transporta 467 passageiros, contra 525 do A380. Porém, diz a norte-americana, a nova versão do SuperJumbo é até 10% mais leve por lugar que o rival e consome menos 11% de combustível.

A320 vs. 737 Apesar da disputa mais mediática colocar frente a frente os gigantes já referidos, a verdadeira guerra entre Airbus e Boeing está nos aviões de 150 a 300 lugares. E aqui são várias as rivalidades. Na (muito) longa-distância há o A350-1000 do lado europeu e o 777 do lado norte-americano, por exemplo, com vantagem para a Boeing; já para as distâncias intermédias, franceses e americanos apostam no A320neo e B737, respectivamente. No caso destes dois últimos - os chamados narrowbodies -, a disputa é pelo maior mercado da aviação (avaliado em 1,4 biliões de euros) e os europeus levam vantagem. A última versão do A320 tem sido muito bem recebida no mercado e os americanos, apesar de terem o 737 esgotado até 2015, ainda estudam a melhor forma de responder ao neo - aumentar já a eficiência com um novo motor ou apostar num novo design, processo mais moroso, é a dúvida com que a Boeing se debate por estes dias. 

Fora as rivalidades, e para a indústria em si, as guerras estão a ser muito bem recebidas, já que demonstram que a vitalidade voltou à aviação, sobretudo por causa das companhias asiáticas - a AirAsia já encomendou 200 aviões, numa corrida ganha pelo A320.

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