quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Comissário De Bordo Da TAP Morre Com Ataque De Malária Cerebral



Pedro Ramalho (na foto), de 27 anos de idade, comissário de bordo da TAP Portugal, morreu no passado dia de Natal (25 de dezembro), vítima de malária cerebral, revelou a família, em Lisboa.

O caso está a causar a maior consternação nos meios afetos à aviação comercial em Portugal, nomeadamente entre os colegas da companhia aérea, onde o jovem trabalhava desde 2012, assim como seu pai, o comandante de linha aérea Miguel Ramalho.

Segundo uma notícia publicada no portal 'SAPO', Pedro Ramalho terá sido infetado por um mosquito durante um voo em que seguiu em trabalho com destino ao Aeroporto de São Tomé, na República de São Tomé e Príncipe, com paragem técnica no Aeroporto de Acra, no Gana.

O 'Newsavia' publicou em junho de 2015 a notícia da morte de uma assistente de bordo da British Airways, também vítima de malária, depois de uma passagem no Aeroporto de Acra, também em serviço (LINK notícia relacionada). Seis anos antes outro tripulante de cabina da companhia britânica tinha igualmente falecido vítima da mesma doença.

"O paludismo ou malária é uma doença tropical transmitida através da picada de mosquito Anopheles fêmea contaminado com o parasita que, por sua vez, provoca uma infeção nos glóbulos vermelhos do indivíduo atingido", informa o portal 'SAPO', que adianta que "a malária cerebral é a forma mais grave da doença, porque afeta o sistema nervoso e a atividade pulmonar, renal e metabólica".

A TAP tem ligações aéreas para várias cidades onde a transmissão local da malária é endémica, como são os casos de Luanda (Angola), Acra (Gana), Bissau (Guiné-Bissau), Maputo (Moçambique) e Dakar (Senegal).

A morte do Pedro Ramalho está a desencadear amplo debate nas redes sociais acerca e sobre casos de tripulantes da TAP que têm contraído paludismo nas viagens de serviço para aeroportos africanos.

"Nos últimos meses, o número de casos de malária entre tripulantes da TAP aumentaram e têm origem, sobretudo, em viagens com destino a São Tomé e Príncipe, país que contabiliza zero casos de morte relacionados com esta doença, de acordo com dados de fevereiro das Nações Unidas.

A taxa de mortalidade por malária caiu quase 30% desde 2010, mas em 2015 ainda morreram 429 mil pessoas em todo o mundo por causa da doença, segundo o relatório anual da Organização Mundial de Saúde sobre o paludismo, divulgado este mês.

Quem viaja para zonas onde a malária está presente deve tomar medicação profilática, ou seja, preventiva. O medicamento começa a ser tomado uma semana antes e prolonga-se até um mês depois de ter abandonado a zona. O fármaco mais utilizado e recomendado é a cloroquina.

Além da medicação, as pessoas são aconselhadas a usar repelente contra mosquitos e a vestir roupa que cubra a maior parte do corpo."

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