A Ryanair pretende baixar os preços das passagens até 10 ou 12%, afirma o presidente executivo da companhia irlandesa 'lowcost', Michael O'Leary, em entrevista à Bloomberg TV.
A companhia irlandesa 'low cost' vai cortar os preços das passagens aéreas durante o corrente ano fiscal que termina em Março de 2017. Os preços, disse o CEO da Ryanair, vão cair 5% a 7% durante o Verão e 10 a 12% no próximo Inverno, com uma média de 7% no conjunto dos 12 meses.
Michael O'Leary diz que a incerteza económica e as preocupações com os ataques terroristas em Paris e Bruxelas forçou as companhias áereas a cortar os preços e o responsável da Ryanair não vê razões para que parem de cair. A estratégia da empresa é vender tantos bilhetes quanto possível, cortando os preços se for necessário.
Por isso, a empresa prevê um aumento no número de passageiros da ordem dos 9%, até aos 116 milhões, o que ajudará a confirmar a posição de maior companhia europeia em número de passageiros transportados, refere o jornal francês La Tribune.
"Vamos fazer os preços que forem necessários desde que tenhamos os aviões cheios. Penso que [o negócio] será forte em termos de tráfego mas fraco em terlos de preços", disse O'Leary à Bloomberg TV.
O CEO da Ryanair reconheceu, no entanto, que a política de redução de preços poderá vir a pesar na rentabilidade da companhia no ano seguinte. "Devemos preparar-nos para o impacto de uma baixa das tarifas", mas também da "recente subida do preço do petróleo", bem como para o que "isso pode significar para a rentabilidade no horizonte de 2018" diz, citado pelo The Guardian inglês.
Michael O'Leary mantém o apoio à manutenção do Reino Unido na União Europeia e defendeu a oferta de tarifas mais baratas para expatriados que tenham de voar para casa para votarem na continuação do país como Estado-membro. A polícia está, segundo o The Guardian, a investigar a oferta da Ryanair 'Brexit special' por acusações da campanha 'Vote Leave' de que poderá estar a violar o 'Bribery Act' ao oferecer descontos em troca de votos.
A companhia que apresentou resultados de 1.242 milhões de euros no exercício de 2015/2016, o que significa um aumento de lucros de 43%, promete aumentar a frota com os 52 novos aviões que vai receber nos próximos 12 meses. No total, a Ryanair deverá explororar um frota de 380 aviões no final do exercício. A companhia que tem três bases em Portugal (Lisboa, Porto e Faro) pretende abrir sete novas bases na Europa este ano: Bucareste, Hamburgo, Nuremberga, Praga, Sófia, Timisoara e Vilnius.
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