segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Retrospectiva 2015: TAAG voa sob gestão da Emirates à luz de acordo quinquenário
















O facto constitui um motivo de regozijo entre os angolanos, visto que, não obstante alguns "alaridos" e morosidade na concretização, visa ajudar a companhia nacional de bandeira a reverter, até 2019, os prejuízos estimados em 99 milhões de dólares (cerca de nove triliões e 900 biliões de kwanza) de 2014.

Através desta aliança, que marca uma nova era na história desta empresa pública, o Governo angolano prevê, dentro do período vigente, resultados operacionais positivos de cem milhões de dólares (perto de AKZ dez triliões), conforme o Plano Estratégico e de Negócios da TAAG, no âmbito do Contrato de Gestão celebrado com a Emirates Airlines.

Aliás, a formação de angolanos na academia da Emirates (no Dubai) e a introdução de uma gestão profissional de nível internacional são os objetivos principais deste contrato, que assenta ainda na reestruturação financeira da empresa, com a meta da facturação anual, a passar de 700 milhões de dólares em 2014 para USD 2,3 biliões até ao final do pacto.

Com isso, e em função dos resultados anteriores, pretende-se que a transportadora angolana seja saneada do ponto de vista económico e financeiro, através da optimização dos seus postos de trabalho e de economias de escala, com vista a redução dos custos operacionais, de acordo com o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás.

"Eis que se perspectiva a viragem de uma nova página, atingindo-se uma frota de 21 aeronaves em 2019, para se ultrapassar os 3,3 milhões de passageiros transportados anualmente, com o reforço das ligações internacionais, sobretudo para a Europa" disse o titular do sector em Setembro de 2015, no final de uma reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros.

Com base nesta afirmação e pelos projectos em carteira no quadro deste convénio quinquenário, de duas fases, acredita-se, sim, que a partir de 2019 se observará uma TAAG mais competente, a altura das grandes companhias internacionais e das exigências das entidades reguladoras e dos clientes, que vão já notando mudanças significativas no atendimento.

E esta convicção fica mais acentuada pelo facto de a parceria ter como focos imediatos a "reforma" dos métodos e processos até então utilizados pelo emblema angolano, bem como a melhoria da sua performance de prestação de serviços, do tratamento aos passageiros e evitar atrasos na decolagem, falta de lugares, entre outras situações a bordo.

Estes são tão-somente desafios da primeira etapa do acordo, consagrada resumidamente, à cooperação operacional e comercial entre as duas firmas, a curto prazo. A segunda, de longo prazo, consubstancia-se no estabelecimento de uma parceria sólida e hábil que culminará com a transferência de conhecimentos e boas práticas de gestão.

Apesar do contexto, este recém-rubricado pacto enquadra-se nos esforços que o Executivo, através do Ministério dos Transportes, vem intentando desde 2008 para tornar a companhia nacional líder na modernização do transporte aéreo e serviços associados no país, por via de uma operação fiável e financeiramente sustentável, que promova a imagem de Angola no Mundo.

Ademais, é com este espírito que há nove anos a TAAG iniciou um ambicioso programa de refundação, que já resultou numa significativa melhoria do seu desempenho operacional, comercial e organizacional, permitindo a solução dos problemas mais prementes e o aproveitamento das oportunidades mais evidentes.

Logo, a adoção de um novo modelo de enquadramento empresarial assume um papel fulcral na desejada sustentação da sua trajectória positiva, ao mesmo tempo que constitui uma prioridade da companhia e do Executivo, liderado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que por decreto nomeou, a 15 de Setembro de 2015, o novo Conselho de Administração (CA) desta empresa.

Todavia, dos nove membros do actual CA da TAAG, apenas cinco (quatro não executivos) foram indicados pelo Governo Angolano, nos termos do acordo, enquanto os demais (todos executivos, incluindo o PCA) são da conveniência da Emirates. Estes tomaram posse no mesmo mês, em cerimónia presidida pelo ministro da Economia, Abrahão Gourgel.

Assim, à luz desta cooperação, o inglês Peter Murray Hill é o novo Presidente do Conselho de Administração, em substituição do angolano Carlos Teixeira da Cunha, que passa a assumir o cargo de administrador executivo e Vipula Mathanga Gunatilleka ocupa a função de Administrador para a Área Financeira e Administrativa.

Fruto desta "união", a TAAG (consagrada companhia de bandeira pelo decreto nº 15/80 de 13 de Fevereiro) já satisfaz, nos dias de hoje, as necessidades de deslocação dos angolanos, numa altura em que a actual conjuntura do país lhe impõe uma gestão desafiante. A mesma opera com 14 aeronaves em 17 destinos domésticos e dezanove internacionais.

O Grupo Emirates é um dos líderes mundiais da indústria de transporte e turismo, detendo duas credíveis subsidiárias: a Emirates Airline e a Dnata. Com 235 aviões e 48 mil colaboradores é o maior operador de Boeings 777 e Airbus 380, transportando 45 milhões de passageiros anuais, para 145 destinos em todo mundo.

Um comentário:

  1. Será que....
    Com a subida do preço do combustível os bilhetes irão aumentar muito?

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