Airbus prevê necessidade de 29 mil novos aviões nos próximos 20 anos

O mais recente Global Market Forecast (GMF) da Airbus para os próximos 20 anos prevê que o tráfego aéreo cresça a um ritmo de 4,7% ao ano, exigindo 29.220 novos aviões de passageiros e mercadorias, avaliados em quase 4,4 mil biliões de dólares (cerca de 3,26 mil biliões de euros). Cerca de 28.350 são aviões de passageiros avaliados em 4,1 mil biliões de dólares (cerca de 3,04 mil biliões de euros). Deste total, cerca de 10.400 vão substituir aviões já existentes por outros mais eficientes. Com a frota actual de 17.740 aviões, isso significa que em 2032 a frota mundial duplicará para aproximadamente 36.560 aviões.

Alguns dos factores apontados pelo GMF para o aumento da conectividade entre pessoas e regiões, e da frequência com que viajam, são o crescimento económico e das classes médias, a facilidade de viajar, a urbanização, o turismo e a migração. A crescente urbanização levará à duplicação de mega-cidades das actuais 42 para 89 em 2032, e 99% do tráfego de longo curso mundial será entre ou através destas.

O crescimento do tráfego conduziu a um aumento médio de 25% na dimensão dos aviões, com as companhias aéreas a escolherem os aviões maiores, como o A380 que, juntamente com load factors mais elevados, fazem um uso mais eficiente das slots limitadas e contribuem para aumentar o número de passageiros sem voos adicionais.

De acordo com a Airbus, em 2032, a região da Ásia-Pacífico liderará o tráfego mundial, superando a Europa e a América do Norte. Hoje, em média, um quinto da população dos mercados emergentes faz um voo por ano e, em 2032, isto aumentará em dois terços.

Os fluxos domésticos também deverão crescer fortemente, com a Índia a aumentar a um ritmo acelerado de quase 10%, seguindo-se a China e o Brasil (7%). Em termos globais, a Ásia-Pacífico representará 36% de todas as novas necessidades de aviões de passageiros, seguida da Europa (20%) e América do Norte (19%).