quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uso de aeronaves requer boa gestão

Ministro da Administração do Território Bornito de Sousa ao discursar durante o seminário dedicado à frota aérea do pelouro

Fotografia: Dombele Bernardo

O ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, anunciou ontem, na abertura de um seminário do pelouro que dirige, o estacionamento da frota aérea detida pela instituição em sete províncias do país, com vista a garantir maior exploração dos aviões.
Com 12 aviões, três DM 900 e nove do tipo Twin Otter, a frota do Ministério da Administração do Território (MAT) garante a transportação de titulares de altos cargos públicos e suas delegações. Excepcionalmente pode transportar delegações técnicas.
Como há necessidade de melhorar a gestão da frota, disse o ministro, está para ser adoptado um projecto de regulamento de utilização dos aviões no sentido de evitar falhas, erros e até excessos.
Em breve, esses aviões vão ficar baseados nas províncias do Kuando-Kubango, Moxico, Zaire, Uíge, Lunda-Norte e Sul.
O ministro reconheceu que os aviões do tipo Twin Otter não têm sido muito explorados, pelo que entende ser necessário que se realize um processo de estacionamento para uma melhor utilização dos voos a nível das províncias e regiões. O governante proferiu estas declarações na abertura de um seminário consagrado ao tema "A frota aérea do MAT", onde anunciou, por outro lado, que doravante as instituições que contratarem aviões da instituição devem igualmente ser responsáveis pelo seu pagamento, ao contrário do que ocorria anteriormente, em que os gastos com o transporte aéreo estavam dependentes do OGE.
"A partir de agora as instituições do Estado que contratarem aviões verão debitadas nas suas contas os custos da utilização das mesmas. Significa que estas terão de reservar verbas para acautelar a transportação aérea", disse o ministro.
O director do gabinete de Segurança de Voo da Sonair, Afonso Joaquim, defendeu durante o seminário a necessidade de reforçar os níveis de formação do pessoal de navegação aérea, com realce para os pilotos, no sentido de se reduzirem os riscos na actividade aeronáutica no país.  


"A formação e treinamento permanente devem ser uma componente chave na aviação e na luta contra acidentes", referiu o responsável no primeiro seminário sobre a frota Aérea Adstrita ao MAT, com o qual se pretendeu alertar sobre o cumprimento das normas e regulamentos no exercício da actividade no país. Afonso Joaquim destacou o papel da prevenção de acidentes na actividade aérea ao falar da "Importância da Segurança Operacional no Transporte Aéreo", afirmando que a prevenção deve identificar os riscos e fazer com que eles sejam mais reduzidos, sobretudo criar barreiras de defesa para que o acidente não ocorra.
"Há inúmeros riscos que vão de operacionais às falhas humanas. Existem outros riscos que têm a ver com terrorismo. A defesa deve focalizar-se na criação de mecanismos para que os riscos não se transformem em acidentes", alertou Afonso Joaquim. Segundo o director, hoje os aviões trazem dispositivos para prevenir situações de risco, embora 80 por cento da segurança dependa do homem. Daí ter reiterado a necessidade de o homem dever ser objecto de um processo de treino permanente.
"A tecnologia facilita a utilização dos sistemas mas os técnicos devem conhecer os sistemas muito bem para que os façam funcionar com eficácia", disse.
Há, referiu, custos elevados na actividade aeronáutica, pelo que o negócio de aviação deve ter uma estrutura sólida, pois, além da compra do aparelho, é preciso fazer com que funcione em condições de navegação aceitáveis, o que implica a aquisição de peças de reposição e o cumprimento rigoroso das exigências do próprio fabricante dos aviões.
Diverso das práticas de treino em que eram utilizados os aparelhos da empresa para formação de pilotos, hoje o quadro é bem diferente, pois ele faz-se em simuladores.
"Os pilotos têm acesso a simuladores, criados para evitar que os treinos sejam realizados no próprio voo. Ocorriam acidentes durante os treinos e isso era oneroso para as companhias", sublinhou. Com, afirmou Afonso Joquim, os simuladores de categoria seis, podem ser recreadas condições adversas. O seminário sobre a frota do MAT contou com a participação de altos funcionários da instituição.




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