quarta-feira, 4 de maio de 2011

Frota começa a estar operacional

A companhia aérea de bandeira tem passado por períodos de elevada turbulência, mas nos últimos meses (após os incidentes verificados em Lisboa e em Luanda) algumas pontas soltas têm se vindo a juntar.

A reposição da operação da frota Boeing 777-200ER foi feita até ao mês de Março, depois de cumprido um Programa de Controlo recomendado pela GE Aviation, fabricante dos motores que demonstraram deficiências.

A TAAG teve problemas com 5 motores, que entretanto já foram analisados e devolvidos à empresa pública. As investigações demonstraram que a causa do mau funcionamento estava nos injectores de combustível, que foram contaminados por um produto que prejudica o seu funcionamento.

"Vamos contratar uma firma especializada para investigar a possível fonte dessa contaminação, tendo que se analisar os vinte voos anteriores ao acontecimento de 6 de Dezembro, em Lisboa", disse ao Novo Jornal fonte da companhia aérea.

Durante o processo de manutenção e análise das causas dos problemas, a GE aconselhou a substituição dos motores fora de serviço, para além de outros elementos comprovadamente danificados. Foram realizadas ainda outras revisões e inspecções específicas, aprovadas pelo INAVIC.

Quanto à manutenção futura da frota nacional, chegou a ser aventada a possibilidade de se fechar um contrato com a Air France Industries para a assegurar toda a frota Boeing 777. Fonte da companhia rejeitou esta hipótese em conversa com o Novo Jornal.

"Negativo. Não está nem será assinado qualquer contrato com a Air France Industries para a manutenção da frota de Boeing 777. Esteve sim em análise uma proposta da AFI para o Monitoramento da Condição dos Motores GE90, em complemento do monitoramento que já é feito pela TAAG", explicou.

Para a manutenção de base dos aviões Boeing 777, a TAAG tem actualmente contratos com a TAP M&E Portugal e Brasil e AMECO em Beijing, China. A companhia está a estudar a hipótese de celebrar um outro contrato de manutenção com a SAA Technical, de Joanesburgo, África do Sul.

Em Luanda, a manutenção de linha é feita pela TAAG com a colaboração de técnicos da TAP M&E Brasil, em Beijing pela AMECO (empresa chinesa que tem como sócio a Lufthansa Tecnik), no Dubai pela Koweit Airlines, em Johannesburg pela SAA Technical, no Brasil pela TAP M&E Brasil e em Lisboa pela TAAG e TAP M&E.

Já para a manutenção dos motores GE90-94B, que equipam os Boeing 777-200ER, há um contrato de exclusividade, por 10 anos, com a GE Aviation.

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