terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pilotos cubanos levaram milhares de judeus a Israel entre 1951 e 1952

Pilotos transportaram milhares de pessoas

Cinco pilotos cubanos transportaram para Israel 150 mil refugiados
judeus que estavam no Iraque, Irã, Índia e Iêmen, após a fundação do
Estado hebreu, em 1948, um facto que permaneceu "secreto durante 60
anos", revelou neste domingo (17) um historiador cubano.

"Cinco pilotos da extinta companhia Aerovias Cubanas Internacionais
S.A." transportaram para Israel, entre 1951 e 1952, "cerca de 150.000
judeus", entre eles "115 mil refugiados procedentes do Iraque e 25 mil
do Irã", contou ao jornal "Juventud Rebelde" o historiador da Aviação
Rolando Marrón.

"Algumas centenas da Índia e do Iêmen também", acrescentou Marrón,
segundo quem este "complexo plano (...) permaneceu inédito durante 60
anos".

O historiador explicou que, a partir de 1948 começaram a chegar a
Israel "grandes núcleos de emigrantes da Europa, mas a situação dos
judeus nos países árabes era difícil devido aos históricos
confrontos".

Diante da negativa dos "governos árabes de aceitar uma migração de
judeus por terra" e a impossibilidade de fazê-lo por mar, uma vez que
o Egipto bloqueava o Canal de Suez, as autoridades de Tel Aviv
planejaram "uma das maiores emigrações em massa por avião da
história", enfatizou Marrón.

A transferência foi confiada à companhia Intercontinental Aérea de
Cuba S.A., devido aos "fortes vínculos de amizade que uniam na época
um importante personagem da missão comercial de Israel em Nova York" e
um empresário cubano, que também era piloto aviador.

"No fim de 1952, decresceu consideravelmente em Israel o tráfego de
imigrantes judeus" e os cinco pilotos cubanos voltaram a Cuba no
começo de 1953, ressaltou Marrón.


Fontes: FOLHA - Agências

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