Duas novas aeronaves Boeing 777-300ER deverão chegar a Angola até abril para reforçar as ligações da angolana TAAG a Lisboa, mas com um atraso de cerca de três meses face ao previsto inicialmente.
A Lusa noticiou em outubro de 2014 que a TAAG, empresa pública, tinha sido autorizada a contrair um empréstimo de 238 milhões de euros para adquirir duas aeronaves Boeing 777-300ER, de uma encomenda de três, o primeiro dos quais entrou ao serviço em junho do mesmo ano.Desde o final de 2015 que a TAAG passou a ser gerida, por acordo com o Estado angolano, pelos árabes da Emirates, tendo o administrador-executivo da transportadora aérea de bandeira, William Boulter, anunciado na terça-feira a chegada das duas novas aeronaves em março e abril.Em declarações num programa da televisão pública angolana, o administrador explicou que objetivo passa por aumentar as frequências nas rotas de Luanda para Lisboa e para Havana (Cuba).
O contrato para a aquisição das três aeronaves foi assinado entre a TAAG e a Boeing a 27 de março de 2012.
De acordo com um despacho presidencial, de 01 de outubro de 2014, a empresa foi autorizada a avançar com um financiamento, para o pagamento antecipado da aquisição destas duas restantes aeronaves, então com entregas previstas para dezembro de 2015 e março de 2016.
Com este despacho, assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a TAAG foi autorizada a celebrar acordos de financiamento com o HSBC Bank, Banco de Negócios Internacional, Afrexim Bank e um sindicato de bancos, nos montantes de 130.199.651 e 131.449.151 de dólares.
Estes valores, o equivalente a 238 milhões de euros, "destinam-se ao pagamento antecipado" da aquisição das duas aeronaves ao fabricante norte-americano, referia o mesmo despacho.
Estas aeronaves têm capacidade para transportar 225 passageiros em classe económica, 56 em executiva e 12 em primeira classe, possibilitando o acesso a telemóvel e internet a bordo.
A administração da TAAG disse anteriormente que o investimento nesta encomenda visa "consolidar os destinos atuais", face a "algumas irregularidades no cumprimento de horário" e outras dificuldades logísticas, podendo depois avançar com novas alternativas de destinos.
A companhia assegura voos internacionais e rotas nacionais com recurso a cinco aeronaves Boeing 737 e seis aviões 777, estes para operar rotas internacionais também para Lisboa e Porto, além do Brasil e Cuba, entre outros destinos.
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