"A Airbus recebeu no final do ano passado luz verde da Agência Europeia de Segurança Aérea [AESA] para realizar nos aviões as modificações necessárias à instalação destas novas caixas negras, nas traseiras dos aparelhos", indicou à agência de notícias France-Presse (AFP) uma fonte.
Por seu lado, um porta-voz da AESA confirmou que a agência está a atualizar as regras de certificação das aeronaves comerciais, que permite a possibilidade de equipar os aviões com estas caixas negras.
"A alteração é geralmente rápida", indicou.
Esta tecnologia, já aplicada nas forças armadas, não é utilizada na aviação civil porque até há poucos anos os acidentes aconteciam sobretudo na descolagem ou aterragem, e as caixas negras eram facilmente encontradas no solo.
"A ideia é modificar as caixas negras para que ambas registem os parâmetros e as conversas durante o voo. Uma delas seria ejetável e a outra não", disse à AFP uma fonte próxima de um fabricante de aviões europeu.
A caixa ejetável seria equipada de um sistema de 'airbag' que lhe permitiria permanecer à superfície da água em caso de queda no mar, o que facilitaria a recuperação de dados e conversas fundamentais, mas também tornaria possível perceber o ponto de impacto exato no momento do acidente para localizar os destroços.
A utilização de uma caixa negra exige a mudança do alçapão no avião, disse uma fonte próxima da fabricante de aeronaves.
A Airbus deu prioridade à modificação dos aviões de última geração, como o A350 e o A380, utilizados para os voos transatlânticos.
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